Quando a gente viaja para lugares de cultura e culinária diferentes sempre dá aquela vontade de trazer na mala alguma lembrança da viagem. No caso específico da culinária, essa vontade é literal: será que dá pra trazer na mala alguma coisa deliciosa que eu comi no meu destino? Essa dúvida sempre afetou o mundo dos queijos, com os turistas sem saber se podiam voar de lá pra cá trazendo queijos na bagagem.
Uma das coisas que a gente mais ouve das pessoas é: “e se eu quiser levar um São Vicente de presente a um amigo que mora fora?” Geralmente os brasileiros que moram fora sentem saudades das coisas de casa e vira e mexe pedem a um amigo ou parente que leve um queijo na mala. O mesmo acontece com amigos gringos que vieram pro Brasil e se encantaram com o nosso jeito de fazer culinária: sempre pedem um agradinho na próxima visita. Nesse caso, é pesquisar se a encomenda entra mesmo no país e, principalmente, se ela aguenta viagens longas, dependendo das horas de voo. Existem queijos que, mesmo com todo cuidado no transporte, não vão aguentar muitas horas de voo.
Pra descobrir se dá pra levar queijo São Vicente na mala, é importante ver quais são as normas de entrada de laticínios no país que você vai visitar, e todas essas informações estão disponíveis no site oficial do governo do país de destino.
Como transportar queijos no avião?
O transporte dos queijos deve ser feito através da mala que se despacha na hora do check-in. A principal razão para isso é que o queijo, quando começa a degelar, libera alguns dos seus “cheirinhos” – que, dependendo do tipo de queijo escolhido, pode ser bem desagradável dentro da cabine de um avião. A dica é que, se estiver congelado, o queijo seja descongelado – ou nem passe perto da geladeira – antes de ser colocado sobre as roupas, senão a água do degelo pode sujar toda a mala. Coloque o queijo, em embalagem original, dentro de uma sacola fechada, para evitar acidentes.
Outras formas de acondicionar o queijo vão desde embrulhá-lo em sacolinhas, papéis de pão e plástico filme até usar uma embalagem térmica. Caso esteja levando muitos queijos, embrulhe um a um em um papel de pão e, em seguida, coloque-os dentro das sacolinhas plásticas. Bem fechadas – e, de preferência, no compartimento de roupas sujas ou menos importantes –, para evitar acidentes. Já na bolsa térmica é possível que o queijo resista a mais tempo de viagem. E dá pra otimizar muito esse acondicionamento: após fechar a embalagem térmica, enrole-a em papel filme. A chance do seu queijo chegar geladinho ao destino é muito alta com esse macete.
E se eu estiver fora e quiser trazer um queijo para o Brasil?
Pode, desde que ele esteja dentro da embalagem original, com rotulação que permita ver sua marca e data de validade. Desde maio de 2016, cada passageiro com destino ao Brasil pode trazer até 10kg de queijo de longa maturação dentro da mala.
Mas quer uma dica? Só traga o queijo se ele for um que a São Vicente não produz – ainda. Afinal, nossos laticínios seguem receitas originais de países da Europa e são encontrados com muita facilidade nos supermercados Brasil afora. Melhor guardar seus 10kg disponíveis na mala para outro souvenir… 😉